“Mudar é um parto” ( Velha do Sol, 2011). O fato é que devo estar parindo mais de 80 gêmeos sem qualquer parcelamento. Não é o término de namoro e de duas amizades que me deixa triste e sim ver que todo o esforço foi em vão. Mas assim como o céu não é sempre aquele azul penetrante todos os dias ou durante o dia inteiro, assim é a vida. O que sinto agora é uma metáfora daquele céu do fim de tarde, na mistura de nuances. Meus sentimentos e pensamentos estão explodindo, as minhas cores estão à mostra. E são lindas, extravagantes, mas tristes. Porque em mim moram reminiscências e é difícil desfazê-las pois estão impregnadas em minhas entranhas. Escolhas são escolhas, da parte deles e da minha. O que resta é acatar a decisão e seguir minha vida e preenchê-la de novas tonalidades e reinventar as antigas. Se eu disser que não sei quem sou, que não conheço cada parte do meu ser intrínseco, que não sei qual o caminho mais acertado para trilhar, dizer que estou sozinha, estarei ment...