Nome do Episódio: Putanic
Local: Próximo ao mercado velho, talvez lá seja o bairro da base. Deduzo isso porque em frente da entrada do Flutuante (nome verdadeiro) tem um local chamado Pagodão da Base.
É uma balsa em que fizeram uma pista bate-kenner . Miniatura do salão de piseiro do Titanic, só que da classe escrava que alí trabalhava. Gastei uma fortuna de 10 rúpias para entrar lá.
Logo no hall de entrada-cof cof cof- já me deparei com briga de duas sapatas 
Tiops, logo de cara senti a identificação com um lugar de família, só que não, lá de Cruzeiro do Cu, minha terra natal. Só a nata, o supra-sumo da cidade. Achei deliciosíssimo porque sabia que iria recuperar minha autoestima em algum canto escuro ou no banheiro decadente de lá.
Lógico que logo na entrada tinha uma fila monstruosa, mas eu e Amandinha mostramos o nosso born this way da pilantragem e furamos fila. Porque não éramos aobrigadas, néam? Quando finalmente entro, só pra mostrar a magnitude da segurança de Putanic, o porteiro me pede a carteira de identidade, a vadia aqui tem cara de novinha danada do nível de 14-16 anos, tendo 20 de bate-tabaca na vida. E pensam que tudo acabou por aí? Não. Ainda tinha uma escada lushuosíssima para descer. E subindo, vinha dois gostosos brigando. Finalmente, cheguei ilesa, estava na entrada final. E outra briga.
Cês repararam que tem umas 300 entradas até a pista, né? É como se fosse o inferno dividido em estágios. Funciona também como reflexão, a cada nível avançado, a consciência grita: CÊ TEM CERTEZA DISSOAM???????? E como eu sempre gostei mesmo do estrago, disse sim e fui confiante.
Minha cara quando finalmente entro:
E dou de cara com um salão todo dançando forró que depois passa para eletrônico ( que insistiam em dizer que era funk, mas né) e finalmente para o funk. As puta pira.
Nunca vi tanta diversidade de gente feia junto. Não que esperasse um príncipe encantado, ou um barrigudinho de rosto másculo que arrebatasse meu pobre coração. Fiquei plasmática com o cara que tava beijando uma menina ao meu lado de olho aberto. Se fosse eu, sinceramente, alí sim eu manteria meus olhos fechados porque tudo que estava em nossa volta parecia thriller do finado Jackson.
Melhor parte? Além das brigas e da água em garrafa que meu amigo pediu e veio com coliformes fecais, praticamente no ponto de ebulição de tão quente que estava, CER-TE-ZA foi o banheiro. Completamente alagado de litros e mais litros de urina, portas que não fechavam e tive que fazer aquele xixi maravilhoso em frentre de uma sapata que devorava com os olhos as formas da minha vadcjhaina. Su-per Con-for-tá-vel. Não sabia se escondia o design da minha parte íntima ou se suportava o peso do meu corpo, por não querer encostar no vaso sanitário (magina, tarra mais limpo que meu passado), segurando nas paredes com uma enigmática osga contemporânea. A beleza mesmo era na hora de me ver no espelho. A mulher SÓ DE SOUTIEN com um short da largura de uma folha de papel higiênico se equilibrando em um salto 15 de acrílico. Em duas palavras defino tal cena: AMOR, ADMIRAÇÃO.
Foi tão épico que me lembrei de uma novela que está entre meu top 3: Mandacarú da extinta Manchete. O célebre Bordel da Dinda, local que Zebedeus e seus cangaceiros frequentavam. *Amo/sou quenga, aquela quenga*.
Agora vamos a principal: Quantas putinhas merece?
Veredicto: Aprovadíssimo.
~~Créditos~~
Foto real do putanic: Blog do Altino Machado
Gifs e algumas expressões “Sou uma quenga, aquela quenga”: RSFD
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