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And watch me burn

 

love-the-way-you-lie

“Mudar é um parto” ( Velha do Sol, 2011). O fato é que devo estar parindo mais de 80 gêmeos sem qualquer parcelamento. Não é o término de namoro e de duas amizades que me deixa triste e sim ver que todo o esforço foi em vão. Mas assim como o céu não é sempre aquele azul penetrante todos os dias ou durante o dia inteiro, assim é a vida. O que sinto agora é uma metáfora daquele céu do fim de tarde, na mistura de nuances. Meus sentimentos e pensamentos estão explodindo, as minhas cores estão à mostra. E são lindas, extravagantes, mas tristes. Porque em mim moram reminiscências e é difícil desfazê-las pois estão impregnadas em minhas entranhas. Escolhas são escolhas, da parte deles e da minha. O que resta é acatar a decisão e seguir minha vida e preenchê-la de novas tonalidades e reinventar as antigas.

Se eu disser que não sei quem sou, que não conheço cada parte do meu ser intrínseco, que não sei qual o caminho mais acertado para trilhar, dizer que estou sozinha, estarei mentindo. Sei muito bem o que fazer para sair da situação a qual me encontro. Parafraseando meu professor Cacura de Introdução à Filosofia & Ética do ano anterior, eu sou o que sou. Simples e puramente, sofrendo ou não. O caminho a ser percorrido, sempre soube qual seria, mas nem sempre tive a coragem de seguir por ele, agora tenho. Tenho porque tenho amigos comigo. Sozinha jamais estarei. Eu tenho amigos e só para explicitar, os melhores. Sem esquecer da minha mãe, que por mais que tenhamos um relacionamento conturbado, sempre estivemos uma ao lado da outra em momentos hardcore.

As subidas de minha estrada são íngrimes. Deveras. A cada dia que vem e que passa, estou mais certa das minhas ações, mais segura. Minha mãe sempre dizia: “Minha filha, nada melhor do que um dia após o outro.” É isso minha velha, você e todos os meus amigos são detentores da mais absoluta razão. Não há verdades absolutas, exceto àquelas tidas pela religião ( já que não são contestada por seus membros.), mas essa é.  Dizer que não quero sair dessa situação, é besteira. Acreditem, já escutei isso. Eu quero sim, tenho coragem e forças para isso. Devo tudo a vocês, meus amigos e família. E quem disse que seria fácil? Nada foi para mim e por que seria agora?  Força, Sara.

Todos aqui sabem que faço psicologia, então, ao me tornar psicóloga, tenho que seguir uma linha de abordagem. A minha é Humanismo Existencial. Não pelo fato do Humanismo ser aquela coisa toda de ajudar o próximo e blá blá blá. Não, mas sim de tomar decisões e assumir as consequências. Assumo o que for responsabilidade minha, mas o que não for, sinto, mas tenho que manter longe de mim.

Deixarei de lado meu twitter por um bom tempo. Lá só há mágoas, só existe lembranças que sinceramente, quero que sejam amenizadas. Jamais esquecerei o que fizeram.  Eu fiz um bolão sozinha, apostando quanto tempo essa enamoração toda deles vai durar. Esse âmbito que compartilham é muito previsível. Tudo que ja falei em relação a esses dois, aconteceu.  Meu facebook foi desativado porque atualizações chegavam no meu feed. Estou fazendo o certo. Não há sofrimento eterno porque né, um dia a gente morre. Enfim.

Não sei como vou dar as caras por aqui. Eu construí esse cantinho aos poucos, o único que tem meu jeito assim, hiperbólico, sem noção, alegre, porque eu posso me foder nas histórias que conto, mas me divirto. Esse espaço não serve para minha tristeza. Gosto de vir aqui e olhar os textos antigos e rir.  Então não estranhem minha ausência ou textos rápidos por aqui. Podem me acompanhar quase que diariamente nesses endereços:

Pelo Caminho
Dia de Samba

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