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Das solidões sentidas

Estou na semana de provas e é sempre nessa época que pego para repensar no sentido da minha vida. E o que pensei? Não há sentido. Inteligência e criatividade não cobrem o rombo na sua vida. Vaga ~~silêncio~~ OK. Revolta tardia na adolescência, só isso explica essa vibe.

Daí eu sempre me pego pensando: Por que não consigo ser o que sou aqui na real life? Não sou divertida como passo essa imagem aqui ou em outras redes sociais. Falo pouco, talvez porque eu seja gaga e quem isso tenha me bloqueado. Não consigo transmitir essa vontade de socializar, de interagir fora da internet. Saco, sabe? Porque eu vejo que as pessoas são mais divertidas do que eu, até um ornitorrinco asmático é mais comunicativo que eu. Não sei falar. Sou gaga, tenho uma dicção de criança de 4 anos e sei que não é bonito pra minha cara.

Bullying formou não só o meu caráter como a imagem que vejo refletida no espelho. E não quero me fazer de coitadinha, não. Não faço esse desabafo com o intuito de receber elogios. É preciso que alguém me mostre o que posso ser, abrir meus olhos. É como o lance da anorexia/bulimia, só que ao contrário.

Já fui no inferno e voltei umas 3 ou 4 vezes, e te juro que se a cerveja não estivesse tão quente, seria um lugar aconchegante de se passar as férias. Mas gente, estou me perdendo e é inevitável a sensação de solidão. Só Nietzsche entenderia. Choro todos os dias, sabem? Sempre agarrada com o Batman ou o Superman do meu irmão. Crises e mais crises.

Era tão bom ter 15 anos, coração partido, o mundo se desfazendo, mas eu tava inteira, firme e forte com o meu skate, uma garrafa de coca, meu all star rasgado, cabelo bom, sentada nas calçadas e arrotando com meus amigos. 

Já não sou a mesma, definitivamente. Perdi a mão de como encarar esses tantos problemas que chegaram de uma só vez. Sou insuportável, eu vejo isso.

Comentários

  1. Engraçado como a gente muda, né?!
    E com o passar do tempo, a gente sente que é mais fraca que antes.
    Acho que deve-se ao simples fato de que né, já fomos fortes quando não restava mais nenhum pingo de dignidade nas atitudes alheias - ou nas nossas.
    Mas essa sou eu.
    Eu sei que ainda tem muito aí dentro pra mostra pro mundo, bonita.

    P.s: Adoro a sua voz, e esse o jeitinho autista de ficar se zoando - e zoando os outros - o tempo inteiro.
    Amo você.

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