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Desventuras em Série – 1º dia longe de casa sendo adulta




Okay.. me formei. Amarguei meses por não ter um emprego em que eu não me comprometia de verdade. E então apareceu um justamente na área em que gosto de atuar, semelhante à área em que atuei no meu estágio no período de 2 anos.

Só que, esse emprego, é em um município que fica umas três horas de distância da cidade a qual eu estava residindo. Mas né, fulaninha agora se formou, cresceu e é mulher, tenho que encarar os desafios da vida com muita fé, se isso significar ter um salário um pouco mais digno pra uma profissional recém- formada. Sandy delineou meu caráter e topei a empreitada.

Mas para residir aqui em Surucucity, tive que comprar o básico para sobreviver: cama, frigobar e fogão. Evidente, comprei em Rio Branco porque aqui não tem loja que venda isso. Tinha que trazer essas coisas, mas como? Fui atrás de uma transportadora e me cobraram mil dilmas. Já quase chorando, aceitando que teria que dormir numa rede, o pai da minha amiga conseguiu que um toyoteiro fizesse o frete por 350 rúpias ( que inicialmente sairia por 700 renhais). Marquei a mudança para o domingo às 06h00min da madrugada.

Eis que chega o carro e né... PASSEI 05 FUCKING ANOS PRA ME FORMAR pra depois ser transportada num pau de arara, na parte detrás do carro, como uma boa bóia-fria. Quase uma Luana Berdinazzi da vida real. Okay, mas mais decepcionada quem ficou foi minha mamadi. Eu sentia nos olhos dela a dor e a preocupação. Ela tava aterrorizadíssima. Como nunca tive muita frescura, peguei a estrada assim mesmo e o que era para durar míseras 03 horas, transformou-se em 08 horas de viagem. 08h indígnas. O carro tinha quebrado, a solução era reduzir a velocidade já que não tinha mecânico que prestasse serviço num domingo. A dor no rabo passou dos limites, o cu já tinha sido afetado. Minhas pernas não tinham mais vida. Apenas queria estar morta nesse momento.

Até que, OPA, CHEGUEI. Descarreguei tudo e agora viria a parte mais pesada. A faxina. Sim, porque meu apartamento estava um mausoléu. Muita poeira e uma defunta na porta do meu quarto em estado de ressecamento: uma barata. Já munida do equipamento de limpeza, começo a vasculhar tudo, não sem antes passar veneno no balcão de madeira da pia, pois tinha sentido cheiro de barata e quase caí pra trás.

Volto do banheiro e dou de cara com nada mais e nada menos que 15 baratas louquíssimas, desvairadas correndo pela sala e meu quarto. Todas, poucos segundos depois, falecidíssimas. Mortíssima de nojo, desisti de comer e de guardar qualquer coisa naquele balcão asqueroso. No total, 37 baratas padeceram numa tarde só.

Cês têm noção do pavor que eu tava de morar nesse local? Pensei mil vezes em pagar uma diária num hotel enquanto não exterminava as inimigas. Deixei de frescura e resolvi encarar as dificuldades. Lógico que para dormir, fiz um pequeno ritual satânico, né, mores. Passei veneno por volta da minha cama + sabão em pó e nas brechas das portas. Todas devidamente envenenadas.


Ululante, não consegui dormir. Amanheci com uma puta dor de cabeça e sol dando um bom dia, sua escrota, hoje é seu primeiro dia de trabalho!

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