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Era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada....

    Encontrei esse texto nos rascunhos e não lembro o motivo de não tê-lo publicado. É da época em que morava em Surucucity, um dos momentos mais calamitosos da minha vida.

Raimundinha toda vez que abria a porta do banheiro
 .... Esta é a definição mais assertiva do meu apartamento. Moro aqui tem oito meses e nunca passei uma semana sem ter problemas com ele. Logo que cheguei, isso aqui era um recinto para baratas, dividi meu banheiro por uns três meses com uma perereca agressiva chamada Raimundinha.

    A pia da cozinha vazava horrores, tinha retorno do esgoto por ela, pela pia do banheiro, vaso sanitário e o ralo. Adoro. Nada mais agradável do que chegar do trabalho querendo descansar e quando abrir a porta desmaiar com o cheiro de mil cocôs.

   Gente, o chão. O CHÃO. Tod fucking dia tem um amontoado de barro nos cantos das paredes porque tem formigas ESCAVACADEIRAS. Não posso deixar a luz da sala ligada, pois a oitava praga do Egito em forma de içá invade meu apartamento, em dias de chuva compartilho meu lar com caranguejeiras, lesmas e assim vai.

   A luz do meu banheiro está queimada e não tenho como trocar, pois o teto é muito alto e não tem escada para isso. Mas nada tão humilhante do que fazer cinco anos de faculdade, ralada, comendo não só o pão que o diabo amassou, como também a sobremesa que ele preparou, pra vir pra essa cidade e ter que fazer cocô na sacola porque a privada está entupida e em dia de chuva ela transborda. Amo. Adoro. Desejo pras inimigas, inclusive.

   HOMILHADA, dormindo debaixo de goteiras, com roupas guardadas em caixas que a qualquer vacilo, mofam. 

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