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Um dia de Murphy


Ontem cheguei a duas conclusões:
1ª: Murphy tem um carinho muito, muito, mas muito especial por mim. Quase um namorado ciumento, ou talvez seja um já.
2ª: Sabem aquela lei que diz: Quando algo tem que dar errado, ele dará. Tenho certeza que foi feita sob medida para a minha pessoa. Bom, começarei a relatar o meu dia de from hell. Aliás, todos os dias da minha frágil e conturbada vida recebem esse adjetivo. Só que hoje o inferno inteiro se juntou para foder a paciência da pessoa que vos escreve. Vamo lá, Cambada! Acordei bem cedo porque tinha que ir pegar uma guia de autorização antes de ir para o cursinho. O lugar onde iria pegá-la era mais ou menos onde o cu de Rio Branco é localizado. Fui para parada às 7:20 horas para pegar o ônibus das 7:30 h. Se a carroça tivesse passado no horário relatado e não às 8:00h, teria sido perfeito. Entrei e como eu já esperava, a Mercedes estava lotada de gente de classe. NOT. Consegui um lugar para sentar. Menos mal, pensei. Cara, sério, como uma pessoa pode feder tanto em plena manhã?? Juro pela minha beleza arrasadora, que eu quis morrer. Não sei quem fedia mais: se era o carinha que estava à esquerda, em pé ou se era velhinha banhada de alfazema. Tentei não ficar intoxicada e me manter viva ao menos por hoje. Tarefa árdua, mas realizada com sucesso. Cheguei enfim, ao meu destino. A emo em potencial da mulher que tira as guias não estava lá. Aconteceu que acumulou mais ou menos, umas trocentas mil pessoas na minha frente. Tive orgasmos só de pensar na secretária tendo o cu esfolado por causa de um cavalo. Sim, era isso que eu desejava para vadia pobre coitada. Peguei minha autorização e passei num caixa do BBB e adivinhem?? Não funcionava! POOTA QUE PAREEEU! Tinha que sacar R$10,00 para voltar para casa. Tudo bem. Superei mentira e fui caminhando para o cursinho. Quando faltavam vinte passos, aproximadamente, para meu destino final... o que me acontece? Caio de quatro na calçada. Não teria encanação nenhuma se tivesse sido em uma rua deserta, mas como o destino nunca facilitou para mim, isso ocorreu na rua mais movimentada onde fui obrigada a ouvir elogios tipo: Ê GOSTOSAA! FICA ASSIM LÁ EM CASA! FIIIIU. Caralho, minha sandália havia quebrado! Como assim, carinha lá de cima? Como ela pode me abandonar no dia oficial FODA A PACIÊNCIA DA SARA? Comofas? Levantei, ao modo saci-pererê feelings com cara de RYCKAH e fui me sentar na parada de ônibus próxima do lugar em que eu tinha caído. Perguntei aos estudantes alí presentes, se alguém tinha um grampeador. Ninguém possuia um. Braseeeel, o que é isso? Que porra de país é esse onde aluno não tem um mísero grampeador?? Quando eu era estudante,carregava de tudo na minha bolsa. Tinha até papel higiênico sujo! Puta da cara, tirei a rasteirinha do meu belo pé 39-40, com um dedão torto, com unhas encravadas e que nunca crescem e fui para uma loja de calçados que tinha do outro lado da rua. Serelepe e pimpona, lá vou eu. Chego na loja. Quando empurro a porta para poder entrar... FECHADA. Cacete. Esperei uns 15 minutos e então a pomba-gira da vendedora resolveu abrir o cabaré. Você deve está achando pouco tempo, não é? Mas não era você que estava com a cara vermelha, oleosa, cabelo à Maria Bethânea, com a sandália from hell nas mãos e descalça. Qualquer um jogaria esmolas para mim de tanta pena que dava do meu estado de lamúria. Comprei uma havaianas e fui assistir aula. No intervalo, fui ao supermercado com meus amigos para sacar os dez real que necessitava. Esperei 25 minutos na fila por causa de um ser de outro mundo que estava emperrada no caixa. Sabem o que esse alienígena tentava fazer? Enfiar o comprovante de volta no buraquinho de onde sai. COMOFAS? Ainda tive que aturar um chato explicando a anatomia do pinto de um gato. Licença, não sou adepta a zoofilia. Terminada a operação: RESGATE DEZ REAL, fui para casa. No meio do caminho o ônibus deu problema. Tive que aguentar a reclamação de um tantão de pobres no meu ouvido. Cheguei a conclusão que quero ir para o inferno. Sim. Lá só tem gente RYCKAH, cagando dinheiro, cheia de classe e inteligente. Jesus já disse que os pobres possuem um lugar garantido no paraíso. Porra, quem vai querer ir para o paraíso se lá tem gente feia, pobre e reclamona? O inferno é mais habitável, brigadã. Quando cheguei finalmente em casa, resolvi dar umas cutucadas em minhas espinhas. Pego o espelho e coloco na área do apartamento,em um apoio, onde tem mais claridade para melhor visuallização da merda que iria fazer. Viro às costas. O espelho cria pernas e pula. Simples assim. Suicídio. 7 anos de azar?? Deus já deu essa penitência a mim quando eu nasci, portanto ele nem fez questão de acrescentar esse tempinho. Afinal, o que são sete anos para alguém que foi abençoada com azar por toda a vida? Enfim, meu dia continuou bem pior do que eu vos relatei. Não irei contar o resto pois tenho medo que minha má sorte se espalhe entre os leitores (SIMM...vocês dois!)


Fuiiii!

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