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Alcunha: Boca do Inferno

  greg

  Gregório de Matos foi um escritor de origem portuguesa na época do Brasil Colônia. Foi apelidado de Boca do Inferno devido as críticas ferrenhas que tecia contra  Igreja Católica e à Bahia. Acho que vocês tiveram contato com tal figura nas aulas de literatura lá pela 6ª/7ª ou 8ª série ( é galero, memória não tá fácil pra ninguém). Pois, me deram esse apelido pelo dom do criticismo. Então não o ganhei por um simples acaso e ainda faço por honrar esse cargo tão importante que me foi dado.

  Tinha abandonado o posto. Erro grotesco. Mas eu não sei o que tinha no meu copo de martini ou nas cervejas que bebi ontem. Só sei que mudei. Sara está de volta.  Como eu me defino? Um mini furacão porque mesmo sem querer abalo a estrutura das pessoas. Pensava que não, mas os cientistas divulgaram o resultado da pesquisa em que se pode constatar que tenho sim poder que emana de mim, seja ele bom ou ruim. Por mais que não seja minha intenção, deixo minha marca.

  Adoro meus desafetos porque existe uma relação paradoxal. Enquanto eu me coloco para baixo, eles vão lá e pumba… fazem questão de me envolver em barracos, ou seja, sou necessária. Realmente tenho uma cara de nojenta, passo uma imagem totalmente bruta no twinto e no blog, mas não sou. Digo que sou biscate quando não sou. Aliás, sou muito lady para essas coisas, sabem? Nunca fui de beijar vários rapazes em uma noite ou em várias noites. Nada contra quem faz isso. Aliás, nesse tempo todo em que me encontro solteira, fiquei somente com um rapaz. E sinceramente, me sinto bem por ser mulher de um homem só. Reputação não é tudo, mas é alguma coisa.

  Nunca, jamais, precisei puxar tapete de ninguém para conseguir o que queria ou para aparentar que eu sou melhor que alguém. Acredito que se realmente a pessoa for olho junto, ela se queimará sozinha. É um dom, sei lá, né Desafeto? Isso não me convém. Coisa de gente que tem a alma pequena e uma visão de mundo limitada. Por mais que eu queira arrancar seus dentes, neguinha, o pior mesmo que pode acontecer é o pessoal descobrir a delícia do tipo de pessoa que realmente você é.

  Não sei o motivo de despertar tanto ódio nessas mulheres. Filha, diga-me, é pelo fato de eu não forçar para chamar atenção, por ser na minha, por ser criativa, por realmente entender e debater sobre futebol, é por seus conhecidos ao me conhecerem ver que sou uma criatura extremamente simples e extravagante na-tu-ral-men-te, por ser erudita e por causa disso, dia-a-dia construir minha inteligência, por ser autodidata em 3 línguas ( pera, só duas.. espanhol não é lá essas coisas que eu possa me gabar, né?),é por não ter essa necessidade de ser os centros das atenções que você alimenta esse rancor lindo por mim?

  É por eu ser o que sou, como sou e as pessoas se divertirem assim dessa forma ( quando eu tô bêbada, gente. Quando não, sou um porre), é por eu não precisar passar em mão em mão só pra pessoa que eu gosto notar que tem muita gente que me deseja? É por não falar alto, mas conseguir ser ouvida? É por eu não forçar amizade e mesmo assim dar abertura a quem quiser me conhecer?

  Eu não sou quase nada, mas sou como sou. Autenticidade dignifica o ser humano ( o trabalho também, mas né). Aceitar o que é, o que não pode ser e o que poderá conquistar (falo de crescimento pessoal) é algo que admiro até em outra desafeto minha. Não me troco por promiscuidade, não fui criada em um meio desses e nem para isso.

  Ressalto: Meu problema com você não é de cunho afetivo e sim de falta de caráter, falta de dignidade, falta de respeito para comigo e para com algumas pessoas. Nunca precisei jogar sujo pra conseguir o que queria e o que conquistei durante esses 5 anos que passei a me entender por gente, foi através de méritos próprios. Não preciso pagar de porra-louca para gostarem de mim.

Atenciosamente,

Sara Valle

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