É duro, Nenéu! Eu pensei que quando as pessoas chegassem a uma faculdade, adquiririam um pouco de responsabilidade. Percebo que tive uma visão distorcida dos fatos. Porque né, quem teve consciência no ensino médio, com toda certeza não vai perdê-la quando entrar na facul. Já quem não teve, por que raios a teria agora?
Nunca vi nego para ter tanta preguiça de pensar. Sério, gente. A professora faltou hoje e mandou um exercício pelo coordenador do curso para ser realizado em grupo. Ok. O trabalho consistia em fazer uma análise crítica das páginas 9-14. Daí que tinha nego que não sabia como se fazia isso. Nada de errado não saber como fazer, afinal, nem todas as escolas possuem bons professores. Eu expliquei... trocentas vezes. Entenderam... do jeito deles: Criticar o Jean Piaget. Vontade de trucidar alguém... e esse alguém seria eu. Pensei que eu não tinha explicado direito.
Bom, o trabalho tinha que ser para hoje. Ou seja, se quiséssemos ganhar nota, tínhamos que demorar o tempo que fosse, mas o mega texto tinha que ser entregue. Mega porque além do resumo, todos do grupo tinham que fazer uma conclusão individual e anexar à papelada na dissertação principal. Eram 18h45min e ainda ninguém havia finalizado a tarefa. Nem havíamos terminado de escrever em um borrão.
Daí que eu olho para trás e vejo o Fulano sem fazer nada, sendo que o trabalho era enooorme e com toda certeza, valeria dois pontos. Perguntei:
-OW, teu grupo já terminou?
-Não. Não entendemos nada.
Cara, eu fico pensando: COMO três PESSOAS CONSEGUEM CHEGAR A CONCLUSÃO NENHUMA? Sério mesmo. Alguma coisa eles tinham que entender. Pra mim, o texto foi moleza. Confesso que para outros o grau dificultava, mas se eles analisassem tipo, umas cinco vezes, dava até para tirar algo proveitoso. Ou que ao menos copiassem a parte mais importante. Mas né, nego tem preguiça de pensar. Custa Pai do Céu, dar um pouco de coragem para quem tem uma bentinha nas costas? Não, né? Porque pra quem ressuscitou trocentas pessoas, dar coragem não é nada. JayC é sinistro.
Não pensem que sou intrometida. Longe disso... QUÉDIZÊ, se eu estou cursando psicologia é para ser especialista em saber da vida dos outros. Mas people, eu criei esse blog pra quê? Pra falar do povo, né? ATÓÓROM.O melhor de tudo foi quando o desespero do Fulaninho aumentou ao ver que todos os grupos estavam pegando um rumo, menos o dele. A insanidade apoderou-se do cara, assim como a pomba do Espírito Santo se aposssa misteriosamente na careca de um crente bem fervoroso:
- GENTE! ATENÇÃO! Olha, não é justo, a professora nem veio, não explicou nada. A gente não entendeu esse texto. Vou falar com ela amanhã e aí a gente entrega para ela depois!
- Fulano, não se baseie em incertezas. Ela pediu para entregar hoje.
-Mas ela nem veio!
-Mas deixou tudo especificado.
Sério... ele se fodeu e queria levar todo mundo junto. Detalhe, a professora já tinha explicado o assunto. Não houve o seguinte raciocínio da parte dele:
-Se um grupo entregou a professora com certeza vai dizer que se um teve a capacidade de finalizar o trabalho, o resto também teria.
Mas não, prefere bancar uma de preguiçoso. Nem para se interessar em pegar uma explicação com os outros grupos. Chamo isso de comodismo. Alguns tiveram essa iniciativa. Depois vem com papo de que quer aprender... mas como, Senhor? Confesso a vocês que não estudo em casa, mas presto atenção nas aulas e isso basta. E quem tem dificuldade, que leia em casa. Desde quanto um professor de faculdade vai importar se o aluno teve algum problema? O que ele quer é receber o que foi pedido.
Quando esse tipo de pessoa vai acordar? Fiquei com pena, mesmo. Mas eu ia fazer o quê? Levar todo mundo junto para participar dessa suruba? Não, né.
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