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Crianças de hoje...



Ontem recebi uma ligação de uma tia minha. Queria que eu fosse ao cinema com a 'anjinha' dela. Se eu dissesse não, minha mãe iria me aperrear até eu morrer. Falei que iria e ela disse que 18:30h passaria para me pegar. Ok. Fui me arrumar cedo para estar pronta na horário marcado. Quando deu a hora combinada, subi e fiquei sentada nos banquinhos da garagem do residencial. Sabe a hora que chegaram? Às 19:10h! Em cima da hora.

Ao chegar no local, de longe já se via a fila. Puta que pariu. Já estava passando da área do prédio. Quis desistir, mas né? Já que sou brasileira e cruzeirense, encarei a muvuca. O filme? New Moon. Era tanto pentelho feio, emo e seboso! Quando completei uns 45 minutos de fila, a moça avisou que só teria ingressos para a sessão das nove. Pensei: 'Vai, Sara! Aguenta, garota! O que é esperar duas horas para quem ficou quatro horas na sala de espera do dentista?!' Tinha uma senhora que mascava chicletes que era um tormento! Sério, a vontade de arrancar a língua e a chapa dela fora foi de um nível anormal. Se tem coisa feia nessa vida, é ver velho com chicletes na boca. O melhor de tudo é que a doida tentava fazer bolas entre os dentes que lhe faltava. Cena LEENDA DE SE VER! Umidificante. Tinha como piorar as coisas? AH! Até parece que vocês não sabem que fui abençoada com uma puta falta de sorte, né? ADIVINHEM!! JÁ? POSSO DAR A RESPOSTA? SEEM! Um casal brigadeiro, de tão doce, causava até diarreia só em olhar. Era um tal: 'Ai, amor! Amo você!' 'Eu te amo mais!' 'Ah, não! Amo mais ainda' 'Amo muito mais!' Sorte que minha prima gritou lá da frente que já tinha conseguido os ingressos. Bom, minha visita ao inferno acabado, pensei, mas né? Nunca as coisas ficam ruins o suficiente para mim, vão ficando piores cada vez mais. E não é que a garota (Vou chamá-la de Luciana) trouxe mais três teletubies de 14 anos para eu chamar de meus e foder minha paciência todchenha?! Oi, Super Nany? Esqueci de dizer que tinha uma bibinha (nome: Fernando) da mesma faixa etária junto. Pois esta criatura foi a causa da perca de minha dignidade.

Para não ficarmos o tempo todo trancados no cine, resolvemos ir ao Piola. Gente do céu, me dish pra quê?? Pra quê eu fui inventar de acompanhá-los? Chegamos, sentamos. A mesa já estavam com talheres assim como todas as outras. Pedimos uma coca-cola. Até aí beleza. Depois tiveram a brilhante ideia de: QUERER QUE EU PEDISSE CERVEJA PARA ELES BEBEREM! OI? Se nem eu bebo, por que a creuzada dimenor poderia ter esse direito? Falei: 'NÃO! Estou responsável por toda essa creche e enquanto estiverem comigo, vão me obedecer, ok? Se querem beber, que seja coca!' Bicho, insistiram trocentas mil vezes. Caralho, estão fabricando criança com defeito nesse mundo! Conseguiram se aquietar, QUÉDIZÊ, pararam de me pedir. O Fernado puxa o celular e coloca um vídeo....pornô com o volume no último! Isso em um restaurante ou sei lá o que o Piola é! Pedi para baixar e nada. Pedi de novo. Quando eu ia quebrar o barraco lá, chegou o garçom com as cocas. Eu sempre digo que diferente é gay e não é por acaso não (sem preconceitos...estou falando de mini gays). O diacho da criatura coloca os garfos na boca e cospe nas colheres. Fiquei plasmática. COMOFAS? Não para por aí!! As 4 mocinhas (incluindo o pequeno arco-íris) falavam de SEXO! OI? Com 14 anos eu nem comentava sobre isso. Nem beijava! Não pense vocês que eu brincava de boneca. Eu e o meu grupo de amigos, jogávamos futebol, falávamos das novelas, discutíamos sobre professores e acontecimentos da semana, estudávamos e enfim, cheirávamos a inocência ainda.

Estava choquita com o alto nível de conversa intelectual! Era sexo, Lady Gaga, Britney, Miley Cyrus, NX Zero, um tal de dormi com tal menino, beijei tantos, foi atrás de mim esse, passei a mão lá naquele, bebi isso, dei aquilo e outras coisas. Zentchy! Sabiam mais de sexo do que eu! QUÉ QUÉ EEESSO, BRASEEL?! Nunca vi tanta besteira e calamidade juntas em uma conversa só. E eu cá comigo: 'OH! E AGORA? QUEM PODERÁ ME DEFENDER?' Eu tinha 180 reaL de bônus para Vivo e fixo. De fixo na minha agenda, só tinha minha casa. Eu iria ligar para minha véia e o véio para falar o quê, everybody people? Só tinham duas pessoas que usavam Vivo de acordo com a minha lista telefônica, um era o Helder e outro era o Sandino. OH, CÉUS! Liguei para o Sandino porque primeiro que não nos falávamos havia muito tempo e depois porque ele se interessa mais em minhas histórias do que qualquer um. Antes esperei o garçom levar a conta. Como ele demorou, o Pit Bitoca gritou: 'Ê! CORNO! ÊÊÊÊ...AEWWW! BANDO DE IDIOTASH! NÃO VÃO TRAZER A CUONTÃ NÃOM? TAMO ESHPERANDOO!! ÔÔÔÔÔÔÔ...!' E por aí o escândalo prosseguia. A vergonha bateu latejante em meu peito de pedra. Muita mesmo. Vamos se comportar ao menos em um restaurante onde o refrigerante de latinha custa R$4,50? Seja phyno, elegantchy e o principal, discreto. Não coloque talheres na boca se a comida não estiver no prato (ou se ao menos tiver comida), não rasgue o menu (PEELAMÓÓR DE DEUSH! LEIA MENÍ.. Fazendo bico), não deve dar uma de CARRAPICHO e brincar de BATCHY FORTE O TAMBOR na mesa com os talheres em lugares tão caros assim. Meu sangue azul falou mais alto e fui obrigada a sair daquele antro e me dirigir até o caixa e pagar as centas latinhas de refri. A fubazada percebeu a fúria de Onã
ou melhor, de anã e resolveram se comportar.Parei contigo, bom senso!


Fiquei boa parte da noite ao telefone com meu amigo, isso até a bateria resolver acabar. As meninas resolveram ficar de bem comigo depois que viram meu estado emputecido da vida. Foram gentis depois. Agora, a pequetita Isabelita dos Patins de vez enquanto dava ALOCKA! Nada que uns
cacetetes olhares raivosos em torno dele(a) não podessem resolver. Entendam que considero uma pessoa infantil através dos atos e pensamentos, certo?

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